Lúcio pega um avião vermelho, azul e branco. As aeromoças falam numa língua que você não saberia que era russo se eu não falasse: -"É russo." Para onde? Rússia. Não sei por que ele escolheu país tão exótico. Você veja como são as coisas. Se ele tivesse feito uma escolha ruim, como Estados Unidos, França, Portugal, eu não perguntaria o porquê da escolha. Agora, quem faz o que é certo é que tem que se justificar. Por que Rússia, meu querido Lúcio?
- Sempre gostei da Rússia. Na Guerra Fria sempre torcia para os Soviéticos. Aliás, acho Vodka muito mais gostoso do que Budweiser. E prefiro o Putin ao Bush.
Só por isso?
- Ah! Lá em casa tenho Net!
O que isso tem a ver?
- Skavuska!
Pois bem. Lúcio desembarcou naquele belíssimo aeroporto, que vemos comumente no 007 com gente morrendo. Mas nesse momento ninguém morria. Pelo menos, a câmera não pegou um russo morto. Pelo contrário. Russo bom é russo vivo, mas eles não precisavam acenas tanto para a câmera. Não entendo por que tanto acenam para algo que não conhecem!
Lúcio saiu do aeroporto para andar triunfalmente por Moscou. Sorria para todas as coisas, admirava até as paisagens feias, as pessoas feias, o frio medonho. Não importava para ele que aquilo era horrível. Nada lhe era ruim. Ruim era São Paulo, onde todos o achavam gay. Na Rússia, ninguém teria esta desconfiança. Ou, se tivesse, ele não sabe ouvir russo, mesmo.
Ele anda sempre em frente, como se soubesse o caminho de uma cidade em que nunca esteve antes. Essa é a cena que quando a gente vê na novela, tem a sensação de já ter vivido, mas que se pensada friamente, é claro que um guia seria útil, no mínimo. Eis que ele entra em um prédio muito bonito e luxuoso. Palavras em russo indicam: - Exército.
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