terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Deu, o singular de Deus;

A culinária é uma prática muito apreciada por Deu.

Ele come muito, mas são seus fieis que acumulam suas gorduras. É assim que se explica o motivo daquela velha etíope que não come há 369 dias e pesa 156 quilos.

No último domingo, quando à tarde Deu se achegou a um restaurante popular no centro do Rio de Janeiro, houve muito alvoroço. Um homem morreu por apreciar tal grande divindade; outro morreu por um carocinho de frango engasgado, mas todos pensaram que foi também por ver Deu; um terceiro ainda teve um enfarto, mas não entrou nas estatísticas - afinal, o que é um infarto perto de duas mortes?

A primeira morte foi artifício de Deu para conseguir uma mesa vaga, o que depois foi motivo de arrependimento ao nosso grande mestre, já que como outro morreu e o outro teve infarto, ficaram três mesas vagas. Veja que este arrependimento não teve nada de muito dramático. Foi um arrependimento risonho.

Já sentado em sua mesa, quatro garçons se achegaram a Deu. Não é que eles tenham se confundido. Acontece que Deu pede tantas coisas, que um garçom só não dá conta.

Ele pediu arroz, feijão, pepino, alface, scargot, berinjela, macarrão, big mac, Coca-Cola, beirute, esfiha, caramelo, sorvete, e muitas outras coisas. Quando o último garçom já estava quase chamando um quinto, porque já não cabia mais nada em seu bloquinho, Deu exclamou:

- E para finalizar, quero acetona sem caroço!

Todos no local se assustaram e olharam para Deu.

- Estou brincando, não precisa de mais nada. Queria só saber se estavam todos atentos - disse Deu, o singular de Deus.

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