Vocês sabem muito bem que sou muito bem plagiado. Há a diferença entre o plágio comum e o belo plágio.
Eu sempre fui muito bem plagiado. Por exemplo.
O escritor português, José Saramago, me plagiou no livro Ensaio sobre a cegueira. É claro que eu escrevo corretamente, utilizo vírgulas e falo português com consoantes. Mas foi um belo plágio. Um belíssimo plágio.
Agora. Tem gente que anda fazendo blog só porque gostou do meu. Plágio por isso, não é. É uma grande alegria, mas não é por isso que vou demonstrar grande entusiasmo por aqui. Aqui não é lugar de entusiasmos. Não. Aqui é lugar de grandes textos, de grandes idéias e de minha imensa genialidade.
Parabéns a quem me imitou. É bom saber de onde se plagiar. Eu mesmo plagio a mim mesmo e ao senhor Ewerton Clides, que é meu amigo imaginário.
O escritor José Saramago me plagiou no livro Ensaio sobre a cegueira. Eu lancei, anos antes, o livro Ensaio sobre a cegueta. É um livro muito pouco divulgado, embora tenha uma qualidade muito superior. É como a diferença entra Dostoievski e Harry Potter na terceira série infantil. Harry Potter é muito mais conhecido, mas quem é melhor? Hum.
Como o meu caríssimo leitor não deve ter lido meu livro pela menor carga publicitária, mostro-lhe um pequeno trecho.
"A pior coisa de ser cego não é não poder olhar. É não poder olhar as pessoas que olham assustadas para você. Eu nunca fui cego para sentir isso; mas quem foi cego também não sentiu. É uma coisa que se sente pelos outros, por isso é necessário ter muita compaixão para isso. E eu não tenho compaixão. Só falo porque imagino como seria ter compaixão.
Ela andava com o poodle labrador e a varinha de cegos. No meio da rua, deixou o poodle labrador um pouco de lado e, com a varinha no lugar onde estaria um pênis se ela fosse ele, girou 360 graus. Assim, pôde cuspir o catarro que a incomodava sem acertar ninguém."
6 comentários:
Olá. Sou uma grande fã de Saramago e recuso-me a acreditar nesta história (a não ser que você esteja fazendo uma brincadeira. Caso seja isso, peço desculpas, pois não acompanho seu blog). Gostaria que você tirasse uma foto da primeira edição do seu livro "Ensaio sobre a cegueta", daquela parte em que tem todos os dados técnicos, ano de publicação, editora e o escambau. Se for verdade, gostaria de ler o livro, porque, apesar de algumas coisas serem parecidas, acredito que a essência do Saramago seja muito diferente da sua. Espero que você leia meu comentário, já que estamos em novembro e este post é de Agosto. Aguardo uma resposta! Obrigada
Oi, sou admiradora das obras de José Saramago e nao creio que este autor tenha plagiado algo, pois tem seu próprio estilo. Senhor André Ursípedes, tambem nao duvido da suas capacidades, jamaiis duvidaria das habilidades do ser humano, entretanto, nao queira atraves de meio de comunicaçoes tentar denegrir a imagem de Saramago. Se o Senhor é um malogrado, problemas, mas nao venha falar de um dos maiores mestres da literatura, pois as sua acusaçoes nao têm nenhum fundamento. Outra coisa, estive lendo algumas críticas do senhor, e nao é querendo lhe agredir, nao chegam nem perto dos rascunhos de José Saramago.
Um conselho, contente se com que tem. Ja que é um frustado. Tente melhorar, mas nao passando por cima de ninguem.
Obrigada
Graaaaande André! Parabéns pelo blog. Cara, eu me recuso a acreditar que tem gente que não entendeu "o espírito da coisa". Hahahahaha. Abraço!
Os seus leitores deveriam conhecer um pouco mais sobre interpretação de texto, antes de criticarem uma divertida crônica.
Abraço
Adorei seu blog! E concordo com os dois comentário logo acima. Rsrs...
hahahah
amei o blog! ri muito lendo os textos, mas mais ainda lendo os cometários.. rsrs
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