segunda-feira, 4 de maio de 2009

Regra de convivência #26 - Ser o menos influenciável possível

Nos últimos dias, como que por acidente, abri o jornal.

A relação que se tem com o jornal é um tanto esquisita. Nunca o abrimos, quando um dia, sem querer, um deles para na nossa frente. Folheamos à contra gosto e encontramos uma notícia interessante. Uma notícia que fez valer a pena o fardo que é tocar naquela coisa que suja as mãos, é desconfortável e, bem, possui um texto muito mal feito.

Daí, nos dias seguintes procuramos alguma situação para ler jornal, no afã de encontrarmos uma notícia interessante como a que encontramos no dia anterior. Porém, não encontramos nada digno de interesse, e tudo o que passamos é raiva. Então temos a sensação de que jornal é algo de horrível que suja as mãos, é desconfortável e, bem, possui um texto muito mal feito. E esperamos a próxima notícia despretensiosamente interessante que encontraremos sem querer em algum jornal.

Falo isso para dizer da última coisa interessante que li em um jornal. Não me lembro qual a espécie de jornal que era, mas nele estava publicado um texto muito interessante sobre as cem pessoas mais influentes do mundo. Não me lembro do texto, porque o tema me deu a ideia de fazer a regra de convivência número vinte e seis: Ser o menos influenciável possível.

Enquanto via a lista das pessoas mais influentes do mundo, via claramente o motivo por que o mundo vai mal. As pessoas influenciáveis são uma clara fotografia do mundo.

George Dáblio Bush, Justin Timberlake, Madonna... Havia por lá diversas celebridades, mas nenhum gênio! Não vi um Ewerton Clides, nenhum André Ursípedes, zero Sidney Magal. Ou seja, não há, nesta lista, ninguém digno de exercer qualquer influência em alguém! Mas o problema não são as pessoas influentes; o problema são as pessoas influenciadas, que são influenciadas demais!

Um ser influenciado perde a autonomia como o Sertãozinho jogando contra o Palmeiras. E perdendo a autonomia, perde a personalidade e qualquer importância. Porque o influenciável é uma fábrica de cópias. Tal qual o Paraguai imita os produtos chineses, o ser influenciável imita as personalidades americanas.

Sei bem que é muito difícil não ser influenciado por ninguém. E não é isso que peço nesta regra. O objetivo é selecionar as influências e captar somente as que incrementam e desenvolvem a personalidade.

Pense no exemplo anterior: Você compraria um produto paraguaio ou chinês? Se você for muito influenciável e não selecionar suas influências, eu, por exemplo, não falaria jamais com você. Falaria direto com a Madonna.

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