Dona rodolpha recebe a carta de Lúcio e diz um palavrão somente com a boca, sem som. Só dá para ouvir levemente a palavra "pariu". Ela dá um tapinha na boca e faz o sinal da cruz. Deus, se lhe desse ouvidos, diria:
- De ter falado palavrão, você se arrepende; mas de querer que o filho morra só pela opção sexual dele você não se arrepende, não é, dona Rodolpha?
Aliás, Deus disse isso, mas ela fingiu que não ouviu. E depois teve que fingir que não acreditava em Deus. Fingimento que mais tarde passaria porque ela precisava Lhe pedir que deixasse o filho na Rússia. Ou que pelo menos não fosse gay!
Nessa hora, Deus lhe respondeu:
- Minha filha. Ser gay não é defeito. Eu mesmo já achei em alguns momentos que minhas criações masculinas eram melhores que as femininas! Olhava os homens e tinha que repetir para mim mesmo: São seus filhos! São seus filhos! Só depois da Juliana é que me resolvi quanto a isso. Bem, você não me ouviu agora. Foi só uma alucinação. Passar bem.
Dona Rodolpha pegou sua caneta tinteiro e mordendo a língua escreveu:
"Lúcio, meu filho,
Não vejo problema nenhum na sua opção sexual. Mas eu adoro a Rússia e acho que seria bom que você passasse mais tempo aí. Quem sabe mais 43 anos?
Grande abraço,
de sua mãe,
Rodolpha"
Um comentário:
Vou começar a fazer propaganda desse seu blog. É muito engraçado.
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