terça-feira, 25 de agosto de 2009

Deu, o singular de Deus;

era tarde de quinta-feira quando Deu, o singular de Deus, aprendeu a jogar xadrez. Para espantos de muitos, que viam nele a representação perfeita da burrice, o singular de Deus obteve grande sucesso. Chegou a jogar de igual para igual até contra idosos experientes da região.

Era cavalo morto para lá, rainha comida para cá! Os peões eram eliminados à exaustão! Mas havia uma falha no jogo de Deu: Ele jamais conseguia executar o adversário, aplicando-lhe um xeque-mate. Todas as partidas vencidas por Deu foram pela desistência alheia.

Muitos tentavam consolar nosso grande jogador. Diziam-lhe que não era preciso ganhar só do jeito clássico. Que vitória é vitória. Chegaram a falar que o que vale são os três pontos, embora o futebol não existisse à época! Mas ele era taxativo:

- Quero o xeque-mate!

Um dia, jogando contra uma criança prodígio, Deu a encurralou de tal forma, que o xeque-mate parecia inevitável. O rei encontrava-se acuado por cavalos, bispos e até uma torre! Porém a criança moveu o rei para lá, e ficaram todos decepcionadíssimos com o adiamento do grande feito.

Deu não teve dúvida. Disse, e não foi a meia voz:

- Xeque-mate! Aplico-lhe um xeque-mate pré-datado!

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